Forever You 72

Bruno: Então quer dizer que você não quer nada comigo?
Babi: Até que em fim você percebeu. - revirei os olhos.
Ele me olhou e me puxou pelo braço, o mesmo me beijou, não senti absolutamente nada. No mesmo minuto eu me afastei dele e dei um belo de um tapa. Eu me virei e fui andando a caminho de casa, fiquei estressada agora com ele, que otário. Senti o Bruno tocando meu braço e apertando, me puxando pra perto dele e falando baixo no meu ouvido.
Bruno: Agora você vai comigo.
Babi: Pirou né?
Bruno: Não fala mais nada.
Babi: Me solta Bruno.
Ele riu e pegou alguma coisa do bolso, era um pano pequeno, eu não me lembro de mais nada além dele ter posto esse pano no meu rosto e eu ter desmaiado. Acordei, mas não estava reconhecendo o lugar que eu estava, parecia ser um quarto. A porta tava fechada e as janelas também, não tinha mais ninguém no quarto. Meus braços estavam amarrados e me lembrei do Bruno, será que ele fez alguma coisa comigo? Foi só eu falar nele que o mesmo abriu a porta.
Bruno: Acordou né.
Babi: Não, ainda to dormindo. Bruno para de palhaçada e me tira daqui.
Bruno: Se você não é minha, não vai ser de mais ninguém. Você não vai voltar pro Justin, eu não vou deixar.
Babi: Bruno acorda, eu não te amo e você nunca sentiu nada por mim, que loucura. O Justin vai se casar, nunca mais vai ter nada entre eu e ele.
Bruno: Isso não vai adiantar nada.
Babi: Trouxa.
Bruno: Mas então... Será que seu corpo ainda está o mesmo de antes?
Babi: Do que você tá falando?
Bruno: Você sabe né Babi. - ele colocou as mãos próximos aos meus seios.
Babi: Não toca em mim.
Bruno: Você não pode fazer nada, só tem nós dois aqui.
Babi: Você é um idiota.
Ele sorriu sínico, eu estava com medo, muito medo para falar a verdade, eu só queria o Jus aqui comigo. O Bruno começou a beijar meu pescoço e colocar as mãos por baixo da minha blusa, e o que eu poderia fazer? Nada, eu estava presa, não podia empurra-lo nem nada. Ele começou a desabotoar minha calça e logo em seguida tirou meu sapato. Quando ele ia me beijar o celular dele começou a tocar.
Bruno: Como vocês deixaram isso acontecer?
Xxx
Bruno: Agora? Eu to ocupado.
Xxx
Bruno: Tá bom, eu to indo. Me espera ai.
Ele desligou o celular e olhou pra mim, não falou nada e saiu. Essa foi tipo a chance pra mim, de tentar sair ou chamar alguém, mas como eu ia fazer isso? De longe avistei o celular do Bruno, ele tinha deixado aqui. Como eu ia pegar o celular? Com o pé? Era o único jeito. Me estiquei ao máximo pra pegar o celular, eu já tinha certeza que o Bruno tinha saído. Eu fiquei uns 5 minutos tentando pegar aquele celular e quando eu peguei só tinha 7% de bateria, eu tinha que conseguir. O celular não tinha senha, então era mais fácil. Disquei o número da primeira pessoa que veio na minha cabeça, o Justin, e ainda por cima tive que discar com número com o dedo do pé. No segundo toque ele atendeu.
--- Começo da Ligação ---
Justin: Alô?
Babi: Justin, sou eu, a Babi.
Justin: Babi? Que número é esse? Onde você tá?
Babi: Olha só me escuta, a bateria tá acabando. Esse celular é do Bruno, me ajuda, rastreia o celular ou sei lá. Eu só consegui ligar pra você porque ele teve que sair. Justin, eu to presa aqui, me ajuda pelo amor de Deus.
Justin: Calma Babi, eu vou te ajudar tá bem? Eu vou rastrear esse número, não deixe ele fazer nada com você.
Babi: Eu...Eu vou tentar.
Justin: Eu vou desligar, to indo pra delegacia agora.
Babi: Justin...
Justin: Que foi?
Babi: Eu te amo.
Justin: Também te amo minha linda.
--- Fim da Ligação ---
Ele desligou sem esperar eu responder, só de ouvir um eu te amo dele eu comecei a chorar. Empurrei o celular e ele caiu da cama, mas dane-se também. O Bruno e o Justin demoravam, por um momento pensei que eles tinham se encontrado e sei lá. Ouvi a porta de baixo bater, pronto fodeu, mas vou fazer o que o Justin pediu, eu vou tentar gritar, sei lá, dá uma de louca aqui pra ele não fazer nada comigo, ou pelo menos dá o tempo do Jus chegar. A porta se abriu e fechei os olhos, deixei algumas lágrimas escaparem e quando abri os mesmos tive uma surpresa, era ele.
Babi: Justin. - sorri.
Justin: Eu falei que ia te ajudar.
Babi: Obrigada.
O Justin me deu um selinho e sorriu, eu retribui o sorriso. Ele tentou desamarrar o nó que tinha no meu braço, mas não estava conseguindo.
Justin: Olha, fica tranquila tá? Eu vou ligar pra policia.
Babi: Uhum.
Ele ligou, por incrível que pareça deu tempo. Quando ele desligou o celular tentou novamente desamarrar o nó, mas fomos interrompidos por uma voz.
Bruno: Que casal lindo. - falou sínico.
O Justin não falou nada, ele só avançou pra cima do Bruno e eles começaram a brigar ali na minha frente. O Bruno conseguiu pegar o Jus e o amarrou na escrivaninha que tinha bem no canto.
Bruno: Agora que eu já peguei os dois, posso fazer bastante coisa. Primeiro eu tenho que matar a saudade do corpo da minha namorada né.
Babi: Eu não sou sua namorada.
Bruno: Cala a boca vadia. - me deu um tapa. - E depois eu posso matar os dois juntos, não era isso que vocês queriam? Até que a morte os separe? Então é isso que vocês vão ter.
O Bruno ficou por cima de mim, ele tirou minha blusa na mesma hora e começou a beijar meu pescoço. Olhei pro Justin e ele estava de cabeça baixa, mas eu vi uma lágrima caindo. Isso tudo é culpa minha.

[...]

Já tinham se passado umas duas horas, eu estava com manchas roxas pelo meu corpo inteiro, o Justin não levantava a cabeça por nada. Eu já estava vestida novamente, se vocês querem sabem, o Bruno conseguiu o que queria de mim. 

Bruno: Até que você não mudou quase nada Bárbara. Justin, o que você acha?

O Justin não respondeu, parecia estar chorando e isso partia o meu coração em mil pedaços. Comecei a ouvir sirenes fora da casa, a policia vai chegar logo agora que tudo aconteceu?

Bruno: Merda! Quem foi que chamou? Foi você né Justin? - o Bruno já ia partir pra cima dele.

Babi: Fui eu.

Justin: Babi ! - me repreendeu.

Babi: É fui eu, eu chamei o Justin e a policia.

Bruno: Você não vai aprender né vadia?

Ele desamarrou o nó, meu braço estava marcado. Ele me segurou e pegou uma arma. Olhou pro Justin e o soltou.

Bruno: Eu posso me arrepender, mas eu vou te dar uma chance. Você não vai sair daqui até eu mandar, se você fizer alguma coisa, quem morre é ela.

Justin: Não faz isso, solta ela e me faz de refém. Você já não fez o que queria? Não abusou dela? Então, já pode soltar. O problema não é comigo? Não fui eu que conquistei o coração dela? Me leva.

Bruno: Cala essa boca.

Ele apertou meu braço e me levou pra fora de casa, lá estava cheio de policiais, todos armados. O Bruno colocou uma arma na minha cabeça e me colocou na frente dele.

Bruno: Nenhum passo ou ela morre.

Policial: Rapaz para de brincadeira, solte ela.

Bruno: Não!

A gente ficou uns 10 minutos ali em pé, os policias não se mexiam e o Bruno também não.

Bruno: Eu posso fazer isso ficar mais interessante né? Eu solto ela e vocês me deixam ir, senão...

O Bruno não conseguiu terminar de falar, ele foi interrompido com o Justin pulando em cima dele e dando vários socos. Eu me afastei deles e eu queria fazer alguma coisa, mas seria arriscado e os policiais não iam deixar. O silêncio tomou conta quando ouvimos o disparo da pistola. Os policias foram correndo até os dois, pegaram o Bruno que estava em cima do Justin e quando eu vi aquilo, aquele sangue saindo do ombro do Justin, meu Deus, o meu mundo desabou ali mesmo, fiquei sem chão. Os policiais conseguiram levar o Bruno pra viatura e só sobrou um carro aqui. Eu me abaixei até o Justin e ele estava desacordado. Até o policial lá ligar pra ambulância e ela chegar, dava tempo do Jus morrer. Quando os paramédicos levaram ele pra dentro da ambulância, eu não pensei duas vezes e fui junto com ele. Duas horas se passaram depois disso, estavam retirando a bala do ombro do Justin e eu devia ficar esperando ele na recepção. Liguei pra Nath e ela já estava vindo com o Chris pra cá, mas eu pedi pra não trazer a Selena. Eles não demoraram muito pra chegar.

Chris: Que aconteceu com o Justin? Ele tá bem?

Nath: Que manchas são essas Babi?

Babi: Não é nada Natália. O Justin, bem... - eu tentei resumir toda aquela história.

Nath: Você devia estar no quarto em repouso Babi.

Babi: Eu to bem Natália.

Chris: Não, Babi você foi estuprada, sabe o que é isso?

Babi: Relaxa gente. Eu preferi assim, já aconteceu, infelizmente.

Nath: Ele usou preservativo pelo menos? - ela fez uma careta.

Babi: Sim.

Depois de algumas horas o doutor veio falar comigo, eu saí fazendo tantas perguntas pra ele que o mesmo não podia falar nada, quando eu parei de tagarelar, ele começou.

Doutor: O Justin teve sorte, a bala poderia perfurar algum osso ou até mesmo chegar no coração, mas ela parou no ombro. Já retiramos a bala e agora ele está fora de risco, já está bem. 

Babi: Graças a Deus.

Nath: Ele tá acordado?

Chris: Natália ele acabou de sair de uma cirurgia, é claro que não tá.

Doutor: Pelo contrário, tem algum tempo que já fizemos a cirurgia e eu só vim avisar a vocês agora porque eu achei que iam querer visita-lo quando ele estivesse acordado. 

Nath: Entendi. 

Chris: Vai lá Babi.

Babi: Eu...Eu posso ir?

Doutor: Sim, vem comigo por favor.

Antes de eu ir pro quarto do Jus, eu peguei aquela paradinha que tem a palavra visitante e depois eu fui pro quarto dele. O médico nos deixou a sós, ele estava cheio de aparelhos, mas estava acordado.

Justin: Oi. - sorriu fraco.

Babi: Justin você é maluco? Como pôde atacar ele daquele jeito? Você podia morrer.

Justin: Eu queria te salvar.

Babi: Não precisava.

Justin: Babi, eu daria a minha vida por você.

Babi: Nem sei como te agradecer.

Justin: Não precisa. - me encarou. - Babi, você tá legal?

Babi: To, por que não estaria?

Justin: Você tá com manchas e... - interrompi ele.

Babi: Eu to bem sim, olha, o que aconteceu, esquece ok?

Justin: Eu poderia ter evitado aquilo.

Babi: Justin esquece. A culpada fui eu, quem quis ligar pra ele fui eu, então não se sinta culpado.

Justin: Olha, pelo que aconteceu entre mim e a Selena, me desculpa.

Babi: Você não teve culpa, vai ter que se casar com ela sem motivos né? Afinal, o bebê não é seu, mas ela conseguiu enganar os pais.

Justin: Eu quero você.

Babi: Justin...

Justin: Não adianta negar o que sentimos um pelo outro Babi. Por favor, me dá uma última chance, você não vai se arrepender, eu juro.